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Pausa

Em algum, ou muitos lugares, escreveram sobre o amor. Então eu aprendi que o amor era algo único e eterno, e de tão precioso, uma vez encontrado, precisava ser colocado em um pedestal e cuidado todos os dias. E entre tantas coisas que pude viver, percebi que estavam errados. Em minha jornada em busca do amor, me apaixonei pela vida independente, pude provar a liberdade em morar sozinha, as festas e a alegria constante de conviver com amigos tão alegres quanto eu. Logo mais, a vida me apresentou ao meu segundo amor, o patins. Patinar na infância foi algo com extremo grau de dificuldade para mim, não tinha habilidade alguma e mais parecia um robô prestes a falhar. Foi depois de adulta, que me permiti conhecê-lo melhor, 2 semanas para sair do lugar, 1 mês para dar uma volta razoável na roda de iniciantes, 1 mês e uma semana para estar confiante o suficiente e sair pelo parque aberto...bastaram 10 passos para eu cair sobre meu pulso.Eu trabalhava e morava sozinha. Eu deveria ter desis

Be brave!

A vida é, se não para todos, medo. Montanhas de sonhos, prontas para desabar. Um risco iminente de fracasso. O frio na barriga de quem está prestes a dar o primeiro passo e mesmo assim se arrisca com afinco. A vida é, se não para todos, amor. Pleno, repleto e completo. Entrega. Decepção e recomeço. A vida é, se não para todos, saudade. Um grande e enorme vazio. Lembranças inalcançáveis daqueles que libertos, voaram, mas que vivem em nós, e pulsam, e gritam, e doem. A vida é, para todos, finita. Coragem!

Ampulheta

Estar vivo é diferente de viver, e todos nós sabemos disso, mas não é por saber uma coisa que conseguimos colocá-la em prática. Nossa vida é uma ampulheta e a partir do momento que nascemos, a areia começa a cair, no início temos tanta areia que o tempo nos parece infinito, porém, conforme os anos passam dá para escutar o barulho dos grãos indo para o outro lado, o destino nos dizendo que logo voltaremos á inexistência. Nos é permitido um tempo para conhecer a felicidade, o bem, o mal e nos é dado o poder da escolha. Arrependimento, frustração, êxtase, euforia, são consequências do caminho que decidimos seguir, das coisas que decidimos colocar na nossa bagagem. E bom, se você está vivo, então está tendo uma grande chance. Podemos viver achando que estamos jogados no vale da sorte ou acreditar que a vida é uma grande oportunidade.

Sobre o que é o amor

 Quando paramos para pensar em todas as pessoas que amamos e o que nos faz amá-las, percebemos coisas incríveis sobre nós mesmos.  O amor começa, quando o egoísmo deixa de existir, quando trocamos o "Eu vou", "Eu quero" e o "Eu estou", pela ação de fazer algo em benefício do outro. O que eu quero dizer é, quando o bem estar do outro é mais importante do que o nosso egocentrismo, o amor já é árvore enraizada. Pessoas diferentes se completam, tal qual pessoas iguais sonham juntas, e tudo isso  também se chama amor. Esse "fogo que arde sem se ver", nasce e renasce constamente, e mortal, "posto que é chama", dura o tempo necessário para ser in-dis-pen-sá-vel.

Como ser o único de sua espécie.

Esses dias eu estava assistindo um  filme em que o ator, em uma de suas cenas, diz ao outro personagem que ele é especial, único de sua espécie. Bem, isso me chamou atenção! Afinal, como ser único de sua espécie? Como ser único em uma sociedade com milhões de profissionais formados pelas mesmas faculdades, criados com pré escolhas julgadas melhores á nós, antes mesmo de nascermos. Da pra imaginar a dificuldade em conseguir ser único em um formigueiro de ideias estabelecidas pelos que, ao longo de muitos anos, acreditaram em um sociedade de pessoas substituíveis? O que te faz diferente dos outros? Quanta saudade você já deixou? Em quantas histórias você conseguiu deixar sua marca? Será que depois da morte, suas idéias, ideais e manias vão permanecer vivos? Steve Jobs dizia que as pessoas loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são as que de fato, mudam. Steve conseguiu, foi alguém único de sua espécie.  Quando você começa a pensar nisso, começa a pensar também nas p

Olhos fechados

Caro senhor Você não deveria estar  Com certeza não deveria Muitas coisas não são justas Me diga Onde é que está a sua família? Onde é que está o governo? Onde é que estão seus amigos? Foi você quem errou? Foi você que se perdeu no caminho? Ou foi só a vida que escolheu um destino longo demais pra ti? Sabe, eu espero que Deus nos perdoe  Por sermos um sociedade tão gananciosa Por fecharmos os olhos para tantas coisas Por fingirmos que somos boas pessoas Me desculpem pela rima que se perdeu Pelo poema que não encantou Pelo soco nos estomago  A verdade, jogada na mesa, nunca agrada.

Se me perguntarem por onde andei, direi que estava sendo feliz...

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                                                              Edifício Phanton, setembro de 2016 Se me perguntarem por onde andei, direi que estava sendo feliz...  Um dia ouvi um chef de cozinha dizer que nós vivemos preenchendo vazios, que estamos sempre buscando algo que substitua uma perda ou que nos complete, e bem...ele estava coberto de razão. Eu vim buscando independência, aprimoramento profissional, e acabei preenchendo vazios que eu mesma desconhecia, aqui, nesse lugarzinho de bairro com nome de pobre e nome de rico, com vista de tirar o fôlego para um certo parque que abriga jacarés e capivaras e de uma vizinhança literalmente animada pra cachorro, gatos e até bichinhos mais peculiares como cobras... aprendi que arriscar muitas vezes é conquistar algo melhor.  Nesse último mês de madrugadas mal dormidas, eu pude refletir sobre tudo que vivi aqui e por um instante ou outro, eu quis que aqui fosse pra sempre o meu lar. Mas acomodação e rotina nunca foram meu forte, talve