Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2015

O último dia de um guarda-chuva cor de laranja

Acordei mais cedo que o normal, aqui em Curitiba acredito que sou o melhor amigo do homem, sempre dedicado, sempre à mão, sempre preparado para salvar alguém de um banho fora de hora. Nesta quinta-feira fui parar em outro bairro da capital, e em meio aos grandes prédios e a correria do horário de pico, lá estava o lugar mais bonito da cidade. Escolhi um banco para me acomodar, tenho certeza que meu laranja, cor de laranja, estava deixando o lugar ainda mais alegre. Em meio a um chuvisco e um sol, não pude deixar de reparar nas pessoas que estavam por lá, uma menina movimentando os dedos compulsivamente na tela do celular -pobre garota-, uma mãe segurando a filha para que a mesma não corresse pela chuva -algumas felicidades poderiam ser mais encorajadas -, e olha, olha agora... o mendigo vindo, caminhado lentamente de um lado, e do outro, o bancário, correndo, ofegante, atrasado para o trabalho. O mendigo senta no banco, apoia o cotovelo no encosto e fecha os olhos, se o seu pensamento